Matéria especial: A História do Jornal Impresso no RN
Por Romeu Dantas ao Programa Video Tape
Assessor do Projeto Tela Livre
A história do jornal impresso no estado do Rio Grande do Norte começa a ser contada ainda no século XVIII, quando o jornalista e advogado Jeremias da Rocha Nogueira criou aquele que viria a ser o mais antigo jornal impresso em circulação no estado: "O Mossoroense". Fundado em 17 de outubro de 1872, sendo atualmente um dos quatro mais antigos jornais do país, o mesmo foi criado para defender os interesses do Partido Liberal.
Poucos anos mais tarde, o líder político republicano Pedro Velho de Albuquerque Maranhão criou o jornal "A República", cuja primeira edição circulou no dia 01 de Julho de 1889. O jornal republicano tornou-se mais tarde um meio de divulgação dos atos do governo e o órgão oficial do estado (1928).
Partindo para o século XIX, temos em 18 de Setembro de 1939 a fundação do primeiro jornal diário e também o mais influente do RN, por Valdemar Araújo, Aderbal de França, Djalma Maranhão e Rivaldo Pinheiro: "O Diário", que mais tarde passaria a ser chamado Diário de Natal (1947), com a venda feita pelo então proprietário Rui Moreira Paiva ao Grupo Associados, de Assis Chateaubriand.
De lá para cá, muitos periódicos impressos surgiram no Rio Grande do Norte, entre eles cabe destacar o jornal "Tribuna do Norte", fundado em 24 de março de 1950 pelo então deputado federal Aluízio Alves. A tribuna é hoje o jornal de maior circulação e vendagem do estado.
Com o surgimento da tecnologia digital, que marcou uma verdadeira revolução no final do século XX, a sobrevivência do jornal impresso se transformou num tema de discussão constante, principalmente desde a expansão da internet nos anos 90. E nesse debate a unanimidade tem se tornado utopia. Porém, uma coisa é certa, a tecnologia digital modificou e muito o modo de se fazer jornalismo no nosso estado e em todo o Brasil e mundo.
E para traçar uma análise entre o jornalismo impresso do século passado e esse jornalismo novo do século XXI, o programa Vídeo Tape conversou com o Professor do curso de Comunicação Social Emanuel Barreto. Profissional de vasta experiência, Emanuel trabalhou nos jornais "A República", "Diário de Natal", "Tribuna do Norte", "Dois Pontos" e "O Jornal de Hoje"; ele foi também o idealizador do Programa Xeque Mate, da TV Universitária.
Para ele, o jornalismo praticado hoje nas redações deixa a desejar no sentido da emoção, pois com o surgimento da mídia digital as informações passaram a ser veiculadas de forma mais instantânea. "Eu acho que o jornalismo perdeu o glamour para se tornar um profissão mais de constatação dos fatos. Está enfrentando um problema grave que é a concorrência com a internet e com as TV's e vai ter, necessariamente, que haver uma reprogramação do conteúdo e uma reprogramação do formato para que o jornalismo impresso consiga continuar prestando serviços relevantes a sociedade e acima de tudo a democracia", explicou.
Abaixo seguem algumas fotos feitas no interior do Museu da Imprensa Eloy de Souza, que servem para ilustrar o modo como era feito jornal impresso no século passado. Veja:
Poucos anos mais tarde, o líder político republicano Pedro Velho de Albuquerque Maranhão criou o jornal "A República", cuja primeira edição circulou no dia 01 de Julho de 1889. O jornal republicano tornou-se mais tarde um meio de divulgação dos atos do governo e o órgão oficial do estado (1928).
Fachada do prédio onde funcionou por anos o Jornal A República, no cruzamento da rua Juvino Barreto com a Avenida Câmara Cascudo - Ribeira, Natal/RN (Foto: Romeu Dantas)
Partindo para o século XIX, temos em 18 de Setembro de 1939 a fundação do primeiro jornal diário e também o mais influente do RN, por Valdemar Araújo, Aderbal de França, Djalma Maranhão e Rivaldo Pinheiro: "O Diário", que mais tarde passaria a ser chamado Diário de Natal (1947), com a venda feita pelo então proprietário Rui Moreira Paiva ao Grupo Associados, de Assis Chateaubriand.
De lá para cá, muitos periódicos impressos surgiram no Rio Grande do Norte, entre eles cabe destacar o jornal "Tribuna do Norte", fundado em 24 de março de 1950 pelo então deputado federal Aluízio Alves. A tribuna é hoje o jornal de maior circulação e vendagem do estado.
Com o surgimento da tecnologia digital, que marcou uma verdadeira revolução no final do século XX, a sobrevivência do jornal impresso se transformou num tema de discussão constante, principalmente desde a expansão da internet nos anos 90. E nesse debate a unanimidade tem se tornado utopia. Porém, uma coisa é certa, a tecnologia digital modificou e muito o modo de se fazer jornalismo no nosso estado e em todo o Brasil e mundo.
E para traçar uma análise entre o jornalismo impresso do século passado e esse jornalismo novo do século XXI, o programa Vídeo Tape conversou com o Professor do curso de Comunicação Social Emanuel Barreto. Profissional de vasta experiência, Emanuel trabalhou nos jornais "A República", "Diário de Natal", "Tribuna do Norte", "Dois Pontos" e "O Jornal de Hoje"; ele foi também o idealizador do Programa Xeque Mate, da TV Universitária.
Para ele, o jornalismo praticado hoje nas redações deixa a desejar no sentido da emoção, pois com o surgimento da mídia digital as informações passaram a ser veiculadas de forma mais instantânea. "Eu acho que o jornalismo perdeu o glamour para se tornar um profissão mais de constatação dos fatos. Está enfrentando um problema grave que é a concorrência com a internet e com as TV's e vai ter, necessariamente, que haver uma reprogramação do conteúdo e uma reprogramação do formato para que o jornalismo impresso consiga continuar prestando serviços relevantes a sociedade e acima de tudo a democracia", explicou.
Abaixo seguem algumas fotos feitas no interior do Museu da Imprensa Eloy de Souza, que servem para ilustrar o modo como era feito jornal impresso no século passado. Veja:
Imagem do interior do Museu da Imprensa Eloy de Souza, que preserva máquinas antigas e históricas do jornalismo impresso. (Foto: Romeu Dantas)
Máquina Linotype (Linotipo), adquirida na década de 30 e conservada no Museu da Imprensa Eloy de Souza (Foto: Romeu Dantas)
Máquina Impressora - Rotoplana Dupla Rotação - N° de Serie 8097, adquirida na década de 30 e conservada no Museu da Imprensa Eloy de Souza (Foto: Romeu Dantas)
Máquina furadora de fabricação nacional, adquirida na década de 50 e conservada no Museu da Imprensa Eloy de Souza (Foto: Romeu Dantas)
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